Vasco Polido Valente (VPV) hoje no Público escreve uma crónica profética ("aquela que traz a boa nova"). A boa nova é dar-nos a honra de podermos partilhar a sua visão determinista da história, enfim o congresso do PSD foi apenas um rito de passagem, enganem-se, por isso, os candidatos se se consideram figuras marcantes. Afinal o anjo protector do PSD, Cavaco, vela pelas boas almas, as que possuem espírito de renúncia e aguardam pacientemente a sua vez. O professor Cavaco é quem "ilumina" a direita conservadora, aguardemos então por um certo futuro, as supostas eleições legislativas alavancadas pelo nosso "salvador".
Interrogo-me se para VPV "profetizar" será (a) exorcização dos demónios de alguns, (b) uma expectativa pessoal, (c) ou uma visão de futuro. No primeiro caso limitando-se a adivinhar as expectativas de uma certa elite; no segundo a dar a conhecer uma visão muito própria de democracia; no terceiro a revelar uma novidade extraordinária, afinal Cavaco está na presidência para transformar a estrutura do regime democrático numa espécie de semi-presidencialismo.
Já agora seria importante tentar imaginar-se o seguinte: e se próximo presidente for o homem que pretende unir toda a esquerda? Nessa altura o(s) profeta(s) continuará(ão) a defender o regime semi-presidencialista?
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